Carros elétricos chineses são melhores que os americanos.
Os Estados Unidos impuseram tarifas sobre os veículos elétricos da China para sufocar a concorrência com seus veículos e garantir seu monopólio mundial
As autoridades dos Estados Unidos impuseram tarifas sobre veículos eléctricos (VE) fabricados na China porque estes se tornaram melhores, numa conferência de imprensa na cidade de Harbin, durante a sua viagem de dois dias à China.
Putin sugeriu que Washington queria impedir a entrada de concorrentes fortes no mercado americano e descreveu a abordagem dos Estados Unidos como “concorrência desleal”.
“Infelizmente, da forma como o mundo funciona hoje, por vezes surgem situações relacionadas com a concorrência desleal. Foi assim que os americanos impuseram recentemente tarifas ao transporte elétrico chinês, aos carros elétricos”,
"Por que? Porque os carros chineses melhoraram.”
Assim que outro país emerge como uma potência industrial e se torna mais competitivo, é suprimido tanto nos Estados Unidos como na União Europeia
As autoridades dos Estados Unidos descreveram repetidamente a China como o principal “concorrente” da América, ao mesmo tempo que aumentaram as restrições económicas contra o país.
No início desta semana, Washington aumentou as tarifas sobre produtos chineses no valor de 18 mil milhões de dólares, incluindo veículos eléctricos, baterias, semicondutores, aço, alumínio, minerais críticos, células solares, gruas de transporte marítimo e produtos médicos, mantendo as tarifas sobre mais de 300 mil milhões de dólares em produtos chineses bens impostos pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As tarifas sobre produtos chineses aumentaram significativamente sob Trump, que lançou a primeira saraivada numa guerra comercial retaliatória que começou em 2018.
Uma abordagem igualmente hostil continuou sob o seu sucessor, Joe Biden, que adoptou várias políticas destinadas à economia chinesa.
As autoridades chinesas denunciaram repetidamente a política comercial e tecnológica dos Estados Unidos, descrevendo-a como “bullying económico”.
O Fundo Monetário Internacional alertou na semana passada que a escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim estava a ameaçar o crescimento económico global.
